domingo, 10 de fevereiro de 2013

São Joaquim da Barra será sede da 8ª edição do Fórum Paulista de Juventude


Vista área da cidade de São Joaquim da Barra 
O município de São Joaquim da Barra, situada a 396 km da capital paulista, na região administrativa de Franca, será a cidade-sede da 8ª Reunião do Fórum Paulista de Juventude. 
A reunião será entre os dias 15 e 17 de março e terá toda a estrutura que é exigente a cidade escolhida, como: Alojamento e Alimentação para todos os participantes. 
O tema será definido ainda esta semana e, em breve também abrirá as inscrições. 
Saiba um pouco da história da cidade que tem como filhos ilustres Rolando Boldrin e Ana Maria Braga.
Rolando Boldrin - Filho Ilustre
História
O município já se chamou Jussara, São Joaquim de Oiçaí, São Joaquim de Nuporanga, Capão do Meio e São Joaquim, acrescentou-se da Barra ao nome por causa do córrego da Barra divisor dos municípios de Ipuã e São Joaquim da Barra. Pouso habitual de viajantes e tropeiros no percurso entre Ipuã e Nuporanga.
O município surgiu no início do século XIX, devido ao êxodo dos moradores do sul da Província de Minas Gerais, atraídos pela riqueza da terra, pelo clima agradável e boas aguadas. Nascia o povoado de São Joaquim quase 100 anos depois disto, em 1898. Trilhos da Companhia Mogiana e da primeira casa de comércio na estrada que ligava Batatais e Nuporanga a Sant’Ana dos Olhos d’Água(hoje Ipuã) foram motivos do crescimento do município.
Moradores entre os quais Manoel Gouveia de Lima e seu irmão João Miguel de Lima, João Batista da Silveira e Francisco de Lima,espalhados pelas beiras de córregos e riachos sentiram a necessidade de maior convívio social e organizaram uma comissão para obter fundos e adquirir algumas terras que constituíssem patrimônio de uma povoação. José Esteves de Lima arrematou em leilão público, na comarca de Nuporanga, em 21 de janeiro de 1895, uma área situada na fazenda “São Joaquim”.
Um dos desbravadores está o grande e abastado fazendeiro, criador de gado e capitalista, Francisco Garcia Borges que com sua contribuição, fundaram a primeira capela no então criado povoado. Nascido em 1844 em uma abastada e tradicional família de proprietários de terra , pertenciam a chamada "aristocracia rural cafeeira". Formavam o topo da elite do Império, tendo sua família ajudado mesmo a financiar as despesas do Brasil com a Guerra do Paraguai. Financiou os estudos de várias crianças da região. Aprendeu francês e piano com a mãe, a portuguesa Theodora Ferreira. De alcunha "Coronel Chico Lucas" , altíssimo, muito claro, longa cabeleira caída sobre os ombros e brancos desde jovem, olhos conspícuos e oblongos, próprios da raça, tinha qualquer coisa das figuras do antigo testamento. O sobrenome Lucas ter-lhe-ia vindo do sobrenome paterno. Casou-se duas vezes. Do primeiro casamento teve 2 filhos, do segundo teve 10 filhos. Deixou numerosa descendência da qual exercia tremenda autoridade sobre até a idade adulta. Orgulhoso do nome e do prestígio de sua família, defendia-a de todos. Depois de uma briga, matou um juiz local e toda sua família para não ter retaliação, por terem invadido sua fazenda e ofendido moralmente a honra dos Garcia Borges. Vivia de juros, concentrava todo seu interesse no dinheiro. Tinha a obsessão da posse. Francisco Borges era conhecido por ser extremamente irascível, temperamento típico da sua raça. Em 1888, quando ouve a abolição da escravatura, possuía no total 870 escravos, dos quais 70% eram homens e 60% africanos. Grande escravocrata, não concordou com a abolição, pois não aceitara perder escravos sem ser indenizado, já que a abolição lhe traria uma perda econômica e financeira imensa. Depois disso, participou ativamente junto com outros fazendeiros a favor do regime republicano derrubando a monarquia do Império do Brasil. Com a morte do seu pai e fiel protetor em meados de 1885, Chico Lucas herdou uma imensa fortuna de 1.500 contos de réis e mais de 1 milhão de pés de cafés plantados. Hoje em dia os pesquisadores consideram R$ 75 milhões. Seu pai, Joaquin Lucas de Ribera Garcia Borges, oriundo de uma aristocrata família, transferiu-se para o Brasil onde foi um grande fazendeiro e capitalista. Diziam os relatos da época que seu pai era conhecido por sua altivez, pois a soberba era característica dos Borges que conseguiam o que queriam de um jeito ou de outro usando da influência e do dinheiro que dispunham; e de sempre impor sua vontade, caso fosse contrariado, logo puxava uma arma da cintura e resolvia a seu "modo". As coisas eram como eles impunham e pronto. Os membros dessa família possuíam um temperamento semelhante aos bárbaros. Bastava alguém se intrometer em seus caminhos, que de imediato eram atacados e mortos pelos mesmos. O poder e autonomia do seu pai era muito grande. Chegou a ponto de dizer para uma autoridade local: " No Brasil manda o imperador, nesta redondeza e nas minhas terras mando eu." Chico Lucas tinha laços de amizades com importantes figuras do império, como o barão Geraldo de Resende. Era um dos proprietários da Fazenda São Joaquim, localizado hoje na área que é a cidade de São Joaquim da Barra. Foi proprietário de 6 grandes fazendas distribuídas no Oeste Paulista e no sul de Minas Gerais com extensas plantações de café e criação de gado. Faleceu em julho de 1907 aos 55 anos de arteriosclerose generalizada na sede de sua fazenda deixando uma enorme fortuna a sua mulher, Marianna Francisca Rocha e aos 12 filhos no monte mor de 70 milhões de réis. Era um dos mais ricos e poderosos fazendeiros da região. Mas nem todo o poder, riqueza, terras e cafezais dos Lucas Garcia Borges foram suficientes para salvar a família da crise com a Grande Depressãode 1929. Encontra-se sepultado no cemitério de São Joaquim da Barra ao lado de sua mulher. Seus descendentes passaram assinar Borges. No Livro do Dr. Antônio de Almeida Prado, pág.68, há citações sobre a vida deste grande desbravador.
30 de maio de 1898, José Esteves de Lima sua mulher Maria Theodora da Conceição assinaram a escritura de doação para o patrimônio de uma capela de São Joaquim. Inúmeras pessoas chegaram então de territórios vizinhos ou distantes, entre elas italianos, espanhóis e portugueses.
Em 1901, começou a construção da primeira capela que teve como padroeiro, São Joaquim e o Distrito de São Joaquim foi criado pela Lei Estadual nº 859, de 6 de dezembro de 1902.
Em 19 de dezembro de 1906 foi levado a categoria de vila pela lei nº 1038. Criado o município pela lei estadual nº 1588 de 16 de dezembro de 1917, com território desmembrado de Orlândia, elevando sua sede à categoria de cidade.
Em 30 de novembro de 1944, pelo Decreto Lei Estadual nº 14374, o nome foi mudado para São Joaquim da Barra.
Informações: Wikipédia

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