quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Desenvolvimento em pauta: 2ª Conferência de Juventude (texto integral)

O dia 12 de agosto, no âmbito do Sistema ONU, é considerado como o Dia Mundial da Juventude; neste ano, a efeméride marcou também o início do 2º Ano Internacional da Juventude, já que a ONU decidiu reeditar o tema que moveu seu calendário no ano de 1985. A temática ganha, portanto, maior relevância e um novo impulso. Também no dia 12 de agosto, o presidente Lula convocou a 2ª Conferência Nacional da Juventude, que deverá acontecer em setembro de 2011. Pode-se dizer que a convocação da 2ª Conferência é a primeira contribuição brasileira ao calendário do Ano Internacional da Juventude – que, evidentemente, não se encerra em 31 de dezembro de 2010. E também é um fato que o anúncio foi recebido com entusiasmo, por sinalizar três compromissos, ao menos. O primeiro, a afirmação da Conferência como o espaço privilegiado da interação entre os jovens e o poder público, não somente o Governo Federal, e lugar por excelência da participação dos cidadãos na elaboração dos diagnósticos e na formulação das diretrizes que orientarão as políticas de governo; o segundo compromisso expresso é o da continuidade do investimento político e orçamentário no tema e indica o fortalecimento institucional dessa política; o terceiro compromisso aponta para uma ampliação da importância do tema na agenda governamental já que, por menos que isso, não haveria sentido em convocar os jovens a mobilizarem-se novamente rumo à sua Conferência Nacional. Estaremos no começo de um novo governo, momento mais que oportuno para que esses jovens mobilizados apresentem suas pautas.
Por essas razões, o foco da 2ª Conferência não deve ser somente o da promoção da participação juvenil, mas um processo de construção de uma plataforma capaz de trazer resultados imediatos para vida de milhões de jovens. A primeira edição, em 2008, foi de alguma forma acessada por cerca de 400 mil pessoas, número altamente significativo para qualquer processo de diálogo. Este sucesso deveu-se em grande parte a inovações metodológicas que foram posteriormente assimiladas por outras conferências nacionais. Com elementos metodológicos novos, como as “conferências livres”, a 1ª Conferência Nacional de Juventude chegou a todas as regiões do país, às favelas, às áreas rurais, aos presídios, aos quartéis, às comunidades tradicionais, e nenhuma temática relacionada aos direitos dos jovens passou sem ser discutida. O método foi capaz de garantir o debate, democrático e plural, e, de maneira transparente, facilitou as deliberações de grupos numericamente grandes. Um feito. Toda essa metodologia pode ser mantida e ampliada, melhorada no sentido de ampliar a participação real como, por exemplo, garantir que as conferências livres possam indicar seus delegados à Conferência Nacional.
O tema mobilizador da 1ª Conferência foi “Levante Sua Bandeira!”; significou um convite aos jovens para que apresentassem suas demandas e expusessem suas bandeiras de luta numa arena política construída para a busca do consenso e da afirmação das identidades (e é sempre bom demonstrar que não há contradição entre essas premissas). Assim, foram definidas 22 prioridades; dessas, no entanto, apenas uma pode ser quantificada e incluída no rol das integralmente alcançadas: a aprovação da PEC da Juventude. Na 2ª edição da Conferência seria bem-vinda uma mudança na pauta, buscando conquistas mais estratégicas e robustas, muito além do levantamento das demandas. Não se sugere, com isso, outro (e maior) equívoco, que seria supor a Conferência como um espaço de negociação de metas governamentais como, por exemplo, as que constam da proposta de Plano Nacional de Juventude; tem-se que a negociação de metas num ambiente de alta mobilização de setores organizados, em geral, produz ambiente pouco favorável a acordos racionais, favorecendo a aposta em pautas consideradas “máximas” por este ou aquele setor. Logo, deliberações originadas num ambiente assim tornam-se inócuas, esvaziadas de conteúdo real e sem resultados práticos possíveis.

O que sugerimos, então? Pensar o país que desejamos vir a ser sob a perspectiva – utópica, inclusive – dos jovens de hoje. Quais medidas as novas gerações defendem para estabelecer um novo patamar de desenvolvimento para o Brasil? Pode parecer abstrato, mas os jovens têm interesse direto em discutir os rumos do desenvolvimento e o que herdarão desse processo no futuro. Assim, o que está em pauta não é mais a continuidade do que se conquistou até aqui, e sim que mudanças qualitativas serão implementadas no modo de vida das novas gerações. Uma parte dessa discussão passa pela definição de novos direitos, ou seja, os que, por sua natureza, sejam exclusivos da fase da vida a que chamamos juventude. Certamente, alguns direitos “singulares” serão apontados, como o direito à autonomia pessoal, à experimentação, à redução da jornada de trabalho durante o tempo de estudo, à mobilidade urbana, ao financiamento público de atividades de fruição do tempo livre, dentre outros. Implicarão, ao mesmo tempo, num desenho institucional mais perene das políticas de juventude. Ou seja, passam pela criação de um Sistema Nacional de Juventude, dotado de mecanismos estáveis de financiamento e que responsabilize os entes federativos pelo desempenho e resultado das políticas, estabelecendo formas de gestão coordenada entre União, estados e municípios. Essa formulação inédita sobre os direitos dos jovens contribuirá para a ampliação do alcance dos direitos fundamentais do cidadão e para o avanço da democracia.
Contudo, o temário e a pauta da 2ª Conferência devem ultrapassar em muito o  que se convencionou chamar de “política específica”; deve discutir questões estratégicas para o desenvolvimento do Brasil e essa discussão passa pela definição de reformas profundas nas estruturas do Estado e das principais instituições sociais. Nesse debate as novas gerações devem apresentar sua opinião sobre o que é necessário mudar na forma na como a sociedade brasileira se organiza e quais novas institucionalidades podem ser criadas para sustentar essas mudanças. Por tudo isso, cremos que a 2ª Conferência Nacional de Juventude tem um papel central na próxima conjuntura: o de estabelecer os marcos das contribuições dessa nova geração para aprofundar a democracia e a justiça no Brasil, desta forma criando laços de solidariedade intergeracional numa perspectiva sólida de avanços democráticos.
Carlos Odas, Edson Pistori, Paulo Passos e José Ricardo Bianco Fonseca fizeram parte da coordenação e organização da 1ª Conferência nacional de Juventude - FONTE: http://carlosodas.wordpress.com/

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Carta Aberta da Juventude à Presidenta Dilma Rousseff


Um produtivo debate marcou a realização do 4º Diálogo Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis que aconteceu nesta sexta-feira (21), no Rio de Janeiro, em conjunto com a 7ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Leia o documento resultante do debate e endereçado à presidenta Dilma Rousseff.
Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousseff
Por uma política de juventude articulada com o desenvolvimento do Brasil
Nós entidades, organizações do movimento juvenil brasileiro e ativistas das políticas públicas de juventude, reunidos em mais uma edição do Diálogo Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis  avaliamos que por muito tempo o Estado Brasileiro tratou a temática juvenil de forma meramente reativa. Nos últimos anos, no entanto, o tema ganhou maior visibilidade devido à organização e esforço de movimentos juvenis, forças políticas e sociais que produziram relevantes iniciativas.
Acreditamos que o grande marco que representa o avanço nesta trajetória deu-se no Governo Lula com a institucionalização das PPJ no Brasil através da criação da Secretaria, do Conselho Nacional de Juventude e do ProJovem a partir de 2005. Tais iniciativas deixaram um importante legado e criaram condições concretas para que esta pauta avance ainda mais no Governo da Presidenta Dilma Rousseff.
A nossa juventude vem sendo contemplada também com mais Escolas Técnicas Federais, ampliação do acesso ao ensino superior com PROUNI e REUNI, mais cultura e esporte com os Pontos de Cultura e as Praças da Juventude, dentre outros diversos programas e projetos, que apesar de não serem exclusivos de juventude, beneficiam diretamente milhões de jovens no Brasil. Temos que valorizar o avanço  e o fortalecimento que o Projovem integrado trouxe a política de juventude. Esse programa colaborou e ajudou a tirar as PPJs da invisibilidade, bem como garantir direitos para parcela da juventude brasileira mais excluídas.
Além disso, o Governo Lula optou por realizar um amplo processo participativo por meio da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude que envolveu mais de 400 mil pessoas, num processo complexo de mobilização, onde 22 propostas foram priorizadas.
Compreendemos, entretanto, que a soma dos esforços realizados até agora, fazem parte de um ciclo inicial que cumpriu um importante papel até aqui, mas, que neste momento, não é suficiente para que as políticas de juventude se consolidem e sejam sustentáveis numa verdadeira política de Estado.
É imprescindível a forte presença e engajamento das juventudes partidárias, entidades e movimentos juvenis, intelectualidade e organizações da sociedade comprometidas com esta pauta, na caminhada pela emancipação da juventude e consolidação das políticas públicas de juventude.
Consideramos como fundamentais para que a Política de Juventude Brasileira possa avançar já nesse início de Governo Dilma os seguintes elementos:
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sábado, 22 de janeiro de 2011

Reunião do Fórum Paulista em Mongagua.

A primeira reunião do Fórum Paulista de Juventude teve inicio as 10:30h, no Centro Cultural Raul Cortez, cito a Av. São Paulo, 3465 no município de Mongaguá – SP, onde foi realizada a abertura com as seguintes autoridades presentes: o assessor de juventude de Mongaguá Roberto Mirabeli que desejou as boas vindas aos participantes e agradeceu a oportunidade dada pelo prefeito; o Coordenador da Câmara Temática do CONDESB Danilo Otto que registrou o caminho percorrido até que se concretizasse o Fórum, agradeceu o apoio fundamental da Coordenadoria de Juventude do Governo Paulista e explicou a dinâmica dos trabalhos;  a Coordenadora Estadual de Juventude Mariana Montoro que refletiu sobre a importância da criação do Fórum e parabenizou os presentes colocando mais uma vez a coordenadoria estadual a disposição; o representante do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) Fabrício Lopes que falou da eleição da nova gestão do CONJUVE, onde a Associação de Desenvolvimento Econômico e Social a Família (Adesaf) presente na reunião conquistou a única vaga de Entidade de Atuação Local e de como o Fórum poderá ser parceiro desta entidade, falou dos avanços da Câmara Temática de Juventude do CONDESB (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista) e ressaltou a importância de entender o jovem como agente estratégico de desenvolvimento para o país;  a Prefeita de Peruíbe Milena Bargieri comentou que sua trajetória política sempre esteve ligada a movimentos juvenis e da importância que é enfrentar o preconceito da palavra “política”, pois a verdadeira política todos devemos fazer, a Prefeita ainda na sua fala anunciou a criação de um órgão de juventude em sua gestão; a Deputada Estadual Maria Lúcia Prandi  registrou a importância do jovem e dos movimentos organizados na transformação de nossa sociedade ao longo das ultimas décadas, citando como exemplo o movimento pelas diretas, os caras pintadas entre outros; e para encerrar a abertura o Prefeito de Mongaguá Paulo Wiazowski Filho saudou os presentes, agradeceu a oportunidade de receber a primeira reunião do Fórum, explanou sobre os avanços que estão ocorrendo em Mongaguá após a criação da assessoria de juventude e da Câmara Temática de Juventude do Condesb e desejou um ótimo dia de trabalho a todos e todas . Após essas falas uma breve pausa foi feita para o café que foi seguido pelas palestras de Helena Abramo – “O jovem e as políticas públicas de/para/com juventude” – e Lígia Pimenta – “Juventude e Assistência Social” – onde cada uma tentou dentro do tempo disponível trazer aos participantes experiências teóricas, práticas e legais sobre os temas que se dispuseram a tratar. Como forma de dinamizar e identificar os participantes da reunião a profissional Lígia Pimenta propôs que logo após a pausa para o brunch nos dividíssemos em grupos para assim formar painéis de ações/projetos/programas feitos pelos participantes e tentar mapear aqueles que se utilizavam de estruturas da política de assistência social para realizar as suas ações e programas com juventude.

Fórum Paulista de Juventude: Origem.

Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude

Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude


Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
Gestores municipais se reúnem para criar Fórum Paulista de Juventude.
A Coordenadoria Estadual de Juventude e gestores municipais se reuniram, em São Paulo, para debater a criação do Fórum Paulista de Juventude. O evento aconteceu na Secretaria de Relações Institucionais e teve a participação de 73 gestores de 14 regiões administrativas do Estado.
A idéia central do Fórum é criar uma rede de referência para aqueles que trabalham com a juventude em todo o Estado de São Paulo. O objetivo é que ele seja um espaço para compartilhar diferentes realidades, experiências, desafios, necessidades e sucessos nas ações e iniciativas de juventude.
Entre os participantes aquilo que mais se ouviu foi à necessidade de trocar experiências com outras cidades e regiões. “Todos se comprometeram a contribuir com a rede e com a mobilização em sua cidade”, observou Renata Carolo, assistente técnica da Coordenadoria Estadual de Juventude. Ligia Gonçalves, uma das gestoras convidadas para o encontro, acredita que o fórum vem para “preencher o vácuo que existia na articulação da juventude nos municípios”.