Vista área da cidade de São Joaquim da Barra |
A reunião será entre os dias 15 e 17 de março e
terá toda a estrutura que é exigente a cidade escolhida, como: Alojamento e
Alimentação para todos os participantes.
O tema será definido ainda esta semana e, em breve
também abrirá as inscrições.
Saiba um pouco da história da cidade que tem como
filhos ilustres Rolando Boldrin e Ana Maria Braga.
O
município já se chamou Jussara, São Joaquim de Oiçaí, São
Joaquim de Nuporanga, Capão do Meio e São Joaquim,
acrescentou-se da Barra ao nome por causa do córrego da Barra divisor dos
municípios de Ipuã e São Joaquim da Barra. Pouso habitual de viajantes e
tropeiros no percurso entre Ipuã e Nuporanga.
Moradores
entre os quais Manoel Gouveia de Lima e seu irmão João Miguel de Lima, João
Batista da Silveira e Francisco de Lima,espalhados pelas beiras de córregos e
riachos sentiram a necessidade de maior convívio social e organizaram uma
comissão para obter fundos e adquirir algumas terras que constituíssem
patrimônio de uma povoação. José Esteves de Lima arrematou em leilão público,
na comarca de Nuporanga, em 21 de
janeiro de 1895, uma área situada na fazenda “São Joaquim”.
Um
dos desbravadores está o grande e abastado fazendeiro, criador de gado e
capitalista, Francisco Garcia Borges que com sua contribuição, fundaram a
primeira capela no então criado povoado. Nascido em 1844 em uma abastada e
tradicional família de proprietários de terra , pertenciam a chamada
"aristocracia rural cafeeira". Formavam o topo da elite do Império,
tendo sua família ajudado mesmo a financiar as despesas do Brasil com a Guerra
do Paraguai. Financiou os estudos de várias crianças da região. Aprendeu
francês e piano com a mãe, a portuguesa Theodora Ferreira. De alcunha
"Coronel Chico Lucas" , altíssimo, muito claro, longa cabeleira caída
sobre os ombros e brancos desde jovem, olhos conspícuos e oblongos, próprios da
raça, tinha qualquer coisa das figuras do antigo testamento. O sobrenome Lucas
ter-lhe-ia vindo do sobrenome paterno. Casou-se duas vezes. Do primeiro casamento
teve 2 filhos, do segundo teve 10 filhos. Deixou numerosa descendência da qual
exercia tremenda autoridade sobre até a idade adulta. Orgulhoso do nome e do
prestígio de sua família, defendia-a de todos. Depois de uma briga, matou um
juiz local e toda sua família para não ter retaliação, por terem invadido sua
fazenda e ofendido moralmente a honra dos Garcia Borges. Vivia de juros,
concentrava todo seu interesse no dinheiro. Tinha a obsessão da posse.
Francisco Borges era conhecido por ser extremamente irascível, temperamento
típico da sua raça. Em 1888, quando ouve a abolição da escravatura, possuía no total
870 escravos, dos quais 70% eram homens e 60% africanos. Grande escravocrata, não concordou com a abolição,
pois não aceitara perder escravos sem ser indenizado, já que a abolição lhe
traria uma perda econômica e financeira imensa. Depois disso, participou
ativamente junto com outros fazendeiros a favor do regime republicano
derrubando a monarquia do Império do Brasil. Com a morte do seu pai e fiel
protetor em meados de 1885, Chico Lucas herdou uma imensa fortuna de 1.500
contos de réis e mais de 1 milhão de pés de cafés plantados. Hoje em dia os
pesquisadores consideram R$ 75 milhões. Seu pai, Joaquin Lucas de Ribera Garcia
Borges, oriundo de uma aristocrata família, transferiu-se para o Brasil onde
foi um grande fazendeiro e capitalista. Diziam os relatos da época que seu pai
era conhecido por sua altivez, pois a soberba era característica dos Borges que
conseguiam o que queriam de um jeito ou de outro usando da influência e do dinheiro
que dispunham; e de sempre impor sua vontade, caso fosse contrariado, logo
puxava uma arma da cintura e resolvia a seu "modo". As coisas eram
como eles impunham e pronto. Os membros dessa família possuíam um temperamento
semelhante aos bárbaros. Bastava alguém se intrometer em seus caminhos, que de
imediato eram atacados e mortos pelos mesmos. O poder e autonomia do seu pai
era muito grande. Chegou a ponto de dizer para uma autoridade local: " No
Brasil manda o imperador, nesta redondeza e nas minhas terras mando eu."
Chico Lucas tinha laços de amizades com importantes figuras do império, como o barão Geraldo de Resende. Era um dos
proprietários da Fazenda São Joaquim, localizado hoje na área que é a cidade de
São Joaquim da Barra. Foi proprietário de 6 grandes fazendas distribuídas no Oeste
Paulista e no sul de Minas
Gerais com extensas plantações de café e criação de gado. Faleceu em
julho de 1907 aos 55 anos de arteriosclerose generalizada na sede de sua
fazenda deixando uma enorme fortuna a sua mulher, Marianna Francisca Rocha e
aos 12 filhos no monte mor de 70 milhões de réis. Era um dos mais ricos e
poderosos fazendeiros da região. Mas nem todo o poder, riqueza, terras e
cafezais dos Lucas Garcia Borges foram suficientes para salvar a
família da crise com a Grande Depressãode 1929. Encontra-se sepultado no
cemitério de São Joaquim da Barra ao lado de sua mulher. Seus descendentes
passaram assinar Borges. No Livro do Dr. Antônio de Almeida Prado, pág.68, há
citações sobre a vida deste grande desbravador.
A 30 de maio de
1898, José Esteves de Lima sua mulher Maria Theodora da Conceição assinaram a
escritura de doação para o patrimônio de uma capela de São Joaquim. Inúmeras
pessoas chegaram então de territórios vizinhos ou distantes, entre elas
italianos, espanhóis e portugueses.
Em 1901, começou a
construção da primeira capela que teve como padroeiro, São Joaquim e o Distrito
de São Joaquim foi criado pela Lei Estadual nº 859, de 6 de
dezembro de 1902.
Em 19 de
dezembro de 1906 foi levado a categoria de vila pela lei nº 1038.
Criado o município pela lei estadual nº 1588 de 16 de
dezembro de 1917, com território desmembrado de Orlândia,
elevando sua sede à categoria de cidade.
Em 30 de
novembro de 1944, pelo Decreto Lei Estadual nº 14374, o nome foi mudado para
São Joaquim da Barra.
Informações:
Wikipédia
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